Caracterização da fração lipídica do café verde em variedades melhoradas de Coffea Arabica L.

A fração lipídica do grão de café, assim como os compostos que a compõem, desempenham um papel importante na qualidade sensorial do café. Esta pesquisa teve como objetivo caracterizar quimicamente a fração lipídica do café verde nas variedades Tabi, Cenicafé 1 e Castillo® Naranjal, Castillo® El Tambo e Castillo® Pueblo Bello, provenientes de lotes cultivados em diferentes localidades da Colômbia durante dois anos de colheita. . Foram determinados os teores de lipídios totais, a composição dos ácidos graxos (palmítico, esteárico, oleico, linoléico, araquídico) e os isômeros ?-, ?-, ?- e ?-tocoferol. As amostras foram avaliadas sensorialmente, segundo método utilizado pela Almacafé, de acordo com a norma NTC 4883. O teor médio de lipídios totais variou entre 10,7-12,3% em base seca (bs), apresentando diferenças significativas para a variedade. Tabi em relação às outras variedades. Os teores médios de tocoferóis (vitamina E) ficaram na faixa entre 40,6-60,2 mg de vitamina E / 100 g de óleo de café, o isômero ?-tocoferol se destaca por seus teores superiores aos relatados. Quanto à composição dos ácidos graxos, o ácido palmítico com teor entre 38,7-40,5% foi identificado como os principais ácidos, seguido do ácido linoléico com teor médio entre 34,1% -37,9%. Em relação à avaliação sensorial, o atributo impressão global classificou em média a qualidade da xícara das variedades como amostras padrão, com valores de faixas de qualificação inferiores a 4,5, possivelmente devido a um mau processo de pós-colheita, que tem impacto sobre o qualidade da bebida.